A Agricultura
A economia japonesa depende ainda, em grande parte, da agricultura. 33% dos habitantes fazem, dela o seu ganha pão. Entretanto, a cada dia que passa, essa porcentagem diminui, em virtude da procura de melhores condições de vida das famílias, nas zonas urbanas.
Devido ao grande número de montanhas existentes no país e à estreiteza do território, restam apenas 16%, ou 59.150 quilômetros quadrados de terra cultivável, onde os agricultores aproveitam avaravelmente, palmo a palmo, não só nos vales, como também nas encostas das montanhas. O consumo de fertilizantes é muito grande e tornam-se cada vez mais populares as técnicas modernas de cultivo motorizado.
O principal produto do Japão é o arroz, cuja produção por hectare é a maior do mundo. Vêm, a seguir, o trigo, o centeio, o chá, a batata inglesa, o fumo, a soja e as folhas de amoreira para o bicho da seda. O solo e o clima do Japão favorecem também a plantação das mais variadas frutas, entre as quais, a tangerina, a maçã, o morango e o pêssego.
Verifica-se, atualmente, uma notável expansão das vacas leiteiras, em virtude do aumento de consumo, por parte da população, de produtos derivados do leite.
Entretanto, também a produção de laticínios é pequena, devido à limitação de pastagens e a exigüidade de terra aproveitável para o cultivo obriga o Japão a importar até mesmo os cereais, que são produzidos no país.
A Pesca
Se, de um lado, o território nipônico sofre uma grande deficiência de terra arável, a natureza o dotou generosamente de considerável parte do oceano, que o circunda por todos os lados.
E, desse fato, o japonês procura tirar o melhor proveito possível, extraindo do mar todos os seus produtos.
Assim, a indústria pesqueira é uma das mais importantes, havendo, em cada povoação litorânea, pequenas ou grandes frotas de pesca, não só para a zona costeira, mas também para o alto mar. Em tonelagem de pesca, o Japão ocupa o segundo lugar no mundo.
O consumo médio de pescado per capita é de 27 quilos por ano, enquanto o de outras carnes é de apenas 8 quilos.
O pescado, além de se constituir em excelente manancial de alimentos para o povo japonês, é importante fonte de exportação e deu aos seus pescadores a oportunidade de descobrir, desenvolver e aplicar, em grande escala, a produção de pérolas cultivadas.
O processo consiste em introduzir um pequeno fragmento de concha no interior de cada ostra. A seguir, as ostras são empilhadas em gaiolas de arame e mergulhadas no mar, sendo de lá retiradas, depois de certo tempo, com a pérola em seu redor.
A Indústria
Após a segunda guerra, que arrasou quase por completo a potência nacional, o povo japonês reergueu-se com uma energia surpreendente. Tudo começou novamente do nada. Vinte anos passados, o Japão se impôs no mercado mundial, com seus produtos industriais.
A construção naval, largamente auxiliada pelo fato de o ser um país marítimo, está em primeiro lugar no mundo. Estaleiros gigantes foram montados em várias nações. Petroleiros japoneses sulcam os cinco oceanos do globo.
A indústria de transportes carris é uma das que mais se desenvolvem, tendo sido produzidas 1.300.000 de unidades de automóveis, caminhões e ônibus em 1963.
A meticulosidade e o gosto pelos detalhes fizeram dos japoneses afamados técnicos em miniaturização, surgindo de sua especialidade variados aparelhos em tamanhos minúsculos.
Também a indústria de produtos químicos alcançou um grande desenvolvimento, passando a ocupar o terceiro lugar do mundo.
Os operários japoneses são conhecidos pela sua operosidade. A maior parte deles está organizada individualmente por indústria, isto é, todos os operários de uma determinada indústria, independentemente do tipo de trabalho que executam, pertencem ao mesmo sindicato. Cerca de 35% dos operários são sindicalizados.
Comercio Exterior
A escassez de matérias primas básicas e o aumento sempre crescente de produtos manufaturados no Japão fazem do comércio exterior um dos meios indispensáveis à sua sobrevivência.
Borracha, petróleo bruto, minério de ferro, algodão em rama, lã, açúcar e trigo são produtos que devem ser importados.
Por outro lado, o Japão exporta produtos metálicos. Químicos e de maquinaria, perfazendo os 48% do total de vendas ao exterior; produtos têxteis são também exportados em grande escala; dia a dia vem aumentando o fornecimento pelo Japão de produtos manufaturados, como máquinas fotográficas e de costura, rádios transistores, madeira compensada, automóveis e navios.
Os Estados Unidos são os maiores compradores dos produtos japoneses e, ao mesmo tempo, os que maior número de produtos fornecem ao pais do Sol Nascente. Em termos de área, a Ásia é a maior importadora, seguida pela América do Norte.
Para facilitar e incrementar não só as exportações, como as importações, o Japão colabora com os demais países, na redução das tarifas aduaneiras, como membro do G. A. T. T. (Acordo Geral sobre Tarifas Alfandegárias).
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