O Governo
A Constituição atual, em vigor desde três de maio de 1947, fez do Japão um país de democracia representativa.
O poder legislativo é exercido pelo Parlamento, eleito pelo povo. Compõe-se da Câmara de Deputados, com 467 membros, eleitos para um mandato de quatro anos e da Câmara de Conselheiros, com 250 membros, com mandato de seis anos, sendo que para metade deles, é somente de três. Homens e mulheres que completaram 20 anos gozam do direito de voto, em todas as eleições.
Existem atualmente, no Japão; três partidos políticos: o Liberal Democrático, (único partido conservador atual), o Socialista e o Social Democrático.
O Chefe do Executivo é o Primeiro Ministro, eleito pela Direita, sendo, quase sempre, o líder da maioria. As dezesseis pastas do governo são preenchidas por civis escolhidos pelo Primeiro Ministro, entre os membros do Parlamento, sendo denominados Ministros de Estado.
A política do Primeiro Ministro depende da aprovação do Parlamento, através do voto de confiança dado por este. Caso aconteça o contrário, dois fatos podem ocorrer: ou o Primeiro Ministro renuncia imediatamente e, com ele, os Ministros de Estado e é substituído por outro, eleito pelos membros do Parlamento que, por sua vez, escolhem o novo chefe do Executivo.
O poder Judiciário está nas mãos do Supremo Tribunal, composto do presidente e de catorze juizes e pelos tribunais inferiores, independentes do Gabinete e do Parlamento.
A administração regional é feita por 46 prefeituras, em que está dividido o território. Todas as prefeituras, cidades e povoações possuem assembléias locais, cujos membros são eleitos diretamente pelo povo.
Os Habitantes
A origem exata do povo japonês é desconhecida. Há algumas versões, segundo as quais o japonês é oriundo da Ásia setentrional, ou da China Meridional, ou das ilhas do Pacifico sul.
Em 1964, a população do Japão foi estimada em 96.660.000 habitantes, cifra que coloca o país no 72º lugar, entre os paises mais populosos. Como, porém, o espaço habitável é muito pequeno, devido ao grande número de montanhas, o Japão se torna um dos mais densamente povoados do mundo. Basta dizer que cerca de 40% da população vive numa área correspondente a 1% da superfície total.
Também lá existe o problema do êxodo rural. A vida mais cômoda das cidades atrai número cada vez maior de homens do campo. Tóquio, a capital, já conta com 10 milhões de habitantes. Existem seis cidades, cuja população é acima de um milhão: Osaka, Nagoya, Yokohama, Kobe, Kyoto e Kitakyushu.
Enquanto a vida no campo apresenta um aspecto de calma e monotonia, embora também lá o progresso já tenha penetrado, na cidade a atividade é intensa é evoluída: lojas e casas comerciais sempre lotadas, cinemas e casas de diversões em quantidade, trânsito intenso, com linhas ferroviárias e subterrâneas, cruzando-se por todos os lados, etc.
Apesar do progresso vertiginoso, que caracteriza a moderna Terra do Sol Nascente, o povo continua apegado às suas mais queridas tradições. O prestigio do Imperador é inabalável no espírito do japonês. O seu aniversário natalício, aos 29 de abril, é comemorado de norte a sul do país. O Ano Novo é acolhido pelo povo com festas solenes, como o símbolo de vida nova e de novos horizontes, O nascimento de Buda, fundador de uma das religiões mais cultuadas do mundo, é comemorado pomposamente pelos seus adeptos.
Estes fatos mostram que o povo japonês sabe ser progressista sem, contudo, desprezar os verdadeiros valores dos seus antepassados.
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