Marlon muebeitoa yu ajue beisie.

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sexta-feira, 29 de maio de 2009

Era Heisei no Japão (1989 até hoje)

Akihito deu início ao período
O filho mais velho do imperador Hirohito foi entronizado no dia 12 de novembro de 1990, e deu iníco à Era Heisei que veio após a Era Shouwa.

Família imperial

No dia 7 de janeiro de 1989, faleceu o imperador Hirohito, vítima de câncer no duodeno, aos 87 anos, encerrando a Era Showa, que durou 64 anos. No dia 12 de novembro do ano seguinte, foi realizada a cerimônia de entronização do atual imperador Akihito, filho mais velho de Hirohito, seguindo o estilo antigo. Compareceram à cerimônia de entronização 2,5 mil representantes de 158 países, na qual o novo imperador expressou o desejo de seguir a Constituição. Na Era Heisei, houve uma sucessão de fatos auspiciosos na família imperial. Em junho de 1989, o segundo filho do imperador, o príncipe Fumihito Ayanomiya, na época, de 24 anos, casou-se com Kiko Kawashima, 23, estudante de pós-graduação em psicologia social.


Em 1992, o imperador visitou, pela primeira vez, a China, restaurando as relações de amizade e fraternidade abaladas pelo passado e pela Segunda Guerra. No ano seguinte, o príncipe herdeiro, Naruhito, casou-se com Masako Owada, formada pela Universidade de Harvard e futura diplomata. Sua postura intelectual e maneira refinada de se vestir tornaram-se moda. Em 2001, a princesa Masako deu à luz a princesa Aiko. Como atualmente não há herdeiros masculinos na família imperial, vem crescendo entre a população a idéia de conceder às mulheres o direito de sucessão ao trono.

Terremoto e terrorismo

O grande terremoto de Hanshin, ocorrido em janeiro de 1995, resultou em 6.433 mortos, 43.792 feridos e mais de 300 mil desabrigados, na maior catástrofe desde o terremoto de Kanto (1912). O número de casas destruídas foi de 250 mil; o de atingidas por incêndio, de 7.483, e o total de perdas chegou a ¥ 10 trilhões. Pelo fato de a catástrofe ter atingido uma área metropolitana e por ter sido seguida de incêndio, linhas vitais de abastecimento e comunicação, estradas, ferrovias, eletricidade, água, gás e telefone foram cortados e tiveram a reparação atrasada. País sujeito a terremotos, construções de grande porte foram obrigadas a ter estrutura à prova de terremotos, porém, não foi possível evitar os danos.

Nessa ocasião, ganhou destaque o trabalho de voluntários vindos de todo o Japão e de vários países do mundo. Desde então, iniciou-se a atuação de organizações sem fins lucrativos e organizações não-governamentais.

Em março de 1995, ocorreu o episódio do gás sarin no metrô de Tóquio, lançado por uma seita fanática, que resultou em 12 mortes, entre passageiros e funcionários, e 5.510 feridos. Foi um ato indiscriminado com uso de arma química que chocou o mundo. Após dois dias, a polícia obteve a confissão de um dirigente da seita Aum esclarecendo os aspectos do caso. Seu líder, Shoko Asahara, e o dirigente Chizuo Matsumoto foram detidos, julgados e condenados à execução.

O episódio de 11 de setembro nos EUA resultou em 6 mil mortes, mas, antes dele, uma sucessão de casos de atentados terroristas, conflitos e guerras fez com que as Nações Unidas estabelecessem uma operação para a manutenção da paz (Peace Keeping Operation). Passou-se a realizar ações de auxílio emergencial por meio de exércitos e organizações de diversos países.

Sociedade, cultura e esportes

Desde a premiação de Kenzaburo Oe (prêmio de literatura), em 1994, seguiram-se muitos ganhadores do Prêmio Nobel. Em 2000, Hideki Shirakawa (Química); em 2001, Ryoji Noyori (Química); em 2002, Masatoshi Koshiba (Física e Química) e Koichi Tanaka (Química), totalizando 12 laureados. Nos esportes, foram realizadas as Olimpíadas de Inverno de Nagano, em 1998, e a Copa do Mundo, em 2002, em conjunto com a Coréia do Sul, que resultou num evento de grande popularidade. Em junho de 1989, faleceu a cantora Misora Hibari, aos 52 anos, de complicações de hepatite crônica e fratura no fêmur. Ela foi a primeira mulher a receber o Prêmio Nacional de Honra.

Em dezembro de 1990, o repórter Toyohiro Akiyama, 48, da TBS (Tokyo Hoso), embarcou na nave espacial soviética Soyuz TM-11. Foi o primeiro jornalista do mundo a
se lançar no espaço. Em 1994, a astronauta Chiaki Mukai foi a primeira mulher asiática a participar de um vôo espacial.

Política e economia

Até meados da década de 1980, o Japão era a segunda potência econômica do mundo e fazia elogio de sua riqueza material e de sua paz, mas, na Era Heisei o país assistiu ao fim da economia da bolha e à falência de inúmeras empresas, que foram compradas por empresas americanas ou européias. Por essa razão, intensificou-se não só a internacionalização das empresas como o intercâmbio de pessoas. O aumento de trabalhadores dekassegi, que se dedicavam aos trabalhos chamados de 3K (kitsui, duro, penoso; kitanai, sujo; kiken, perigoso) proporcionou à sociedade japonesa contato com outras culturas, porém com aumentado do número de crimes cometidos por estrangeiros desempregados, em decorrência de condições de trabalho instáveis. A economia encontrava-se estagnada, com o registro de índices negativos no crescimento a partir de 2000.

O primeiro-ministro Junichiro Koizumi, que assumiu em 2001, propôs uma “reforma estrutural acompanhada de dor”, fazendo apelos à população por compreensão e paciência.

Ao voltarmos o olhar para a Ásia, encontramos países como China, Coréia do Sul, Malásia, Cingapura e Vietnã ganhando expressão econômica, atraindo investimento de todo o mundo. O Japão possui tecnologia de informação e científica capazes de superar a concorrência internacional, mas se encontra num momento de necessidade de maior investimento em educação e tecnologia e de dedicação ao desenvolvimento de alta tecnologia. Tendo em mente um mundo cada vez mais globalizado, com a difusão da internet, o Japão deve construir uma sociedade verdadeiramente abundante, dinâmica e diversa, junto com os trabalhadores estrangeiros, valendo-se dos diferentes talentos de cada pessoa. Essa deve ser a contribuição do Japão ao mundo, o que poderá levar ao caminho da convivência e da paz.

Em 2008, o príncipe Naruhito esteve no Brasil no mês de junho para a comemoração do centenário da imigração japonesa ao solo brasileiro (18 de julho, dia exato da chegada dos primeiros japoneses). 2009 equivale atualmente ao 21º ano da Era Heisei no Calendário Imperial do Japão.

Disponível em: . Acesso em 28/05/2009.

Alguns dados sobre a "Terra do Sol Nascente"

Nome oficial: Japão (Nippon)
Capital: Tokyo
Nacionalidade: japonesa
Idioma oficial: japonês
Religião: xintoísmo e budismo (84%)
Território: 377.864 km2 (em quatro grandes ilhas – Honshu, Kyushu, Shikoku e Hokkaido – e 6.848 outras menores)
Moeda: iene
Calendário: 2004 equivale ao 16º ano da Era Heisei no calendário japonês

População: 127,3 milhões (outubro 2001)
População urbana: 75%
Taxa de crescimento demográfico: 0,29% (2001)
Alfabetização: 99% (estimativa 1999)
Universidades: 669 (maio de 2001)
Leitos de hospital: 1.864.448 (2000)
Médicos: 1 para 555 pessoas (1996)
Expectativas de vida: Mulheres (84,6 anos); Homens (77,7 anos) – Dados 2000.
Mortalidade infantil: 3,2 por 1.000 crianças nascidas (2000)
Densidade demográfica: 339,8 pessoas por km² (1999)

Principais cidades: Tóquio (aglomerado urbano: 27.242.000 hab.; cidade: 7.966.195 hab.), Osaka (aglomerado urbano: 10.618.000 hab.; cidade: 2.602.352 hab.); Yokohama (3.307.136 hab.), Nagoya (2.152.184 hab.), Sapporo (1.757.025 hab.), Kyoto(1.463.822 hab.), Kobe (1.423.792 hab.).

Economia

PIB (em ienes): 532,96 trilhões (2002)
Renda per capita: US$ 24.036 (2002)
Crescimento do PIB: 1,7% (2000)
Força de trabalho: 65,87 milhões de pessoas
Exportações (em ienes): 48,979 trilhões (2001)
Importações (em ienes): 42,416 trilhões
Produção agrícola – Principais culturas: arroz, beterraba açucareira, hortaliças e frutas. Pecuária: avicultura. Pesca: maior frota pesqueira do mundo
Produção industrial – Principais indústrias: manufaturados de tecnologia avançada, equipamentos pesados elétricos, veículos e motores, equipamentos eletrônicos e de telecomunicações, máquinas de ferramentas e computadorizadas, sistemas de produção, locomotivas e equipamentos de transportes, estaleiros, produtos químicos, produtos têxtil, alimentos processados, instrumentos de precisão.

Principais parceiros comerciais: Estados Unidos, China, Europa Ocidental, Sudeste Asiático.

O País

Os esforços das indústrias e do governo, uma forte ética no trabalho, o completo domínio da tecnologia e os gastos com defesa proporcionalmente pequenos (cerca de 1% do PIB) foram alguns dos fatores que ajudaram o Japão a se tornar a segunda maior economia do planeta. Uma das características da economia do país é o perfeito relacionamento entre fabricantes, fornecedores e distribuidores, chamado "keiretsu". Por muito tempo também se destacou o emprego vitalício, privilégio que vem sendo eliminado pelas empresas.

A indústria é o principal motor da economia japonesa, apesar de depender quase que integralmente da importação de matérias primas e do petróleo. O setor agrícola, com menor peso, recebe fortes subsídios e proteção do governo. O país é auto-suficiente em arroz – o alimento básico da população – mas importa cerca de metade de cereais e demais alimentos.

Durante três décadas, o Japão manteve crescimento econômico espetacular: 10% nos anos 60 e de 5% nos anos 70 e 80. No entanto, entre 1992 e 1995 o ritmo teve uma desaceleração devido as novas medidas do governo para diminuir as especulações no mercado imobiliário. No final de 1995, a estrutura financeira também sofreu um baque provocado pelas centenas de milhões de dólares de dívidas não-declaradas.

Apesar desses percalços, a economia do Japão continuou forte graças ao superávit comercial, aos investimentos no estrangeiro, além da manutenção do baixo índice de desemprego (em comparação com os demais países desenvolvidos) e de inflação.

A falta de espaço para abrigar os mais os 127,3 milhões de habitantes e o envelhecimento da população continuam sendo os grandes problemas atuais do país.


Língua Japonesa

O Japão tem população de mais de 120 milhões de habitantes e, lingüisticamente, é quase uma nação homogênea, já que mais de 99% falam o mesmo idioma. Há várias teorias sobre a origem da língua japonesa. Muitos estudiosos acreditam ser sintaticamente muito próxima das línguas altaicas, como a turca e a mongol, e do coreano. Há ainda evidências que sua morfologia e vocabulário foram influenciados pelas línguas malaio-polinésias do sul.

O sistema de escrita japonês veio do chinês, apesar de as línguas faladas nos dois países serem completamente diferentes. Além dos kanjis (os ideogramas), os japoneses adotam duas escritas silábicas, o hiragana e o katakana.

Ainda hoje, um grande número de dialetos regionais é usado no Japão. O padrão lingüístico tende ser o falado em Tóquio, que está se expandindo por todo o país por meio da mídia, mas os dialetos usados em Kyoto e Osaka continuam firmes.

Disponível em: . Acesso em

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