Conversar, dialogar... quem não gosta de ouvir e ser ouvido? Prosear, tagarelar... afinal, quem não se agrada de um bom papo? O simples gesto de abrirmos nossa boca, inspirarmos o ar que entra em nossa cavidade bucal em direção às cordas e pregas vocais, para então articularmos com dentes, língua, garganta, palato, úvula os fonemas, morfemas, lexemas, enfim, todos os sons pertencentes ao nosso código linguístico a fim de sermos bem compreendidos, permite que nossa voz emita tantas mensagens, que nossos lábios balbuciem tantos recados, que nosso aparelho fonador traduza em palavras e frases o que passeia por nossas mentes tão agitadas e aceleradas...
Na linguística, o axioma elaborado pelo linguista e antropólogo Edward Sapir e seu colega e estudante Benjamin Whorf que data do pensamento alemão do final do século XVIII e do início do século XIX – a hipótese de Sapir-Whorf, também conhecida como “hipótese da relatividade linguística” – postula uma relação sistemática entre as categorias gramaticais da língua de um falante e como esta pessoa compreende o mundo à sua volta e nele se comporta. Assim, a natureza de um determinado idioma influencia a forma de pensar habitual de seus falantes, pois diferentes padrões linguísticos resultam em diferentes padrões psicológicos.
A interdependência do pensamento e da fala revela que as línguas não são apenas instrumentos para expressar verdades previamente estabelecidas, mas sim um meio para se descobrir verdades anteriormente desconhecidas. O idioma que falamos condiciona nossas ideias e forma nossa visão de mundo, pois somos diretamente influenciados pela cultura inerente à nossa língua materna; toda percepção que temos do universo é permeada pelos padrões, conceitos, estruturas e aforismos de nossa fala.
Por este e tantos outros motivos, aventurar-se pelo mundo dos estudos de outros de idiomas é uma viagem que certamente ampliará nossos horizontes e nos agraciará com mais tolerância a novidades e, principalmente, receptividade às ditas “esquisitices” de outras línguas e culturas.
Ao imergir no ambiente de outros povos, à primeira vista ficamos chocados com as diferenças entre nossa própria realidade linguística e a daquela civilização. Após nos adaptarmos às novas circunstâncias discursivas, ou ficamos decepcionados em alguns pontos com nosso idioma ou extremamente orgulhosos de certos aspectos – em especial com as maiores peculiaridades. Mas é importante ter sempre em mente que nenhuma forma de se expressar é superior a outra, assim como uma cultura nunca é melhor do que outra. Apenas não são as mesmas e diferem por não serem idênticas.
Muitos afirmam existirem complicações, dificuldades e extremismos lingüísticos nos mais diversos países ao redor do planeta. Da mesma forma, acredita-se em genialidades, facilidades, simplismos idiomáticos entre os mais variados povos da Terra. Um fato é certo: tudo depende do referencial. O que é difícil para o estudante de certa língua – ou mesmo um empecilho ao seu aprendizado, pode ser algo tremendamente fácil, natural para outro aprendiz. Uma questão lógica para o falante de determinado idioma, que não lhe causa o menor desconforto, pode se tornar um martírio crônico para outra pessoa.
Por vezes, fenômenos que sempre pensamos serem impossíveis de acontecer em alguma língua dos terráqueos, mostram-se recorrentes em tantos idiomas, que nos leva a refletir sobre as mais belas maneiras de pensar tanto dos povos antigos como dos contemporâneos e de exteriorizar suas intenções, necessidades e aflições.
Referência: Wikipedia em inglês
Marlon muebeitoa yu ajue beisie.
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Um comentário:
achei chato para dedeu
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