Hei, o quê? Na UnB!?
Sempre esperei ansiosamente pelo dia em que eu estaria na universidade. Na época escolar, sentia cada vez maior ansiedade e a alegria quando passava de série. Ainda hoje em dia é um dos sonhos de muitos jovens o “chegar à universidade”.
Bem, o tempo passou conformemente e enfim eu alcancei o temido e esperado “3º (terceiro) ano”. Fiz o que pude para aprender, superar-me e triunfar. Quando notei este também já tinha passado.
Algo muito curioso, de que me lembro muito bem, na escola era que ao observar a série posterior à minha, sentia um leve medo e receio de não conseguir superá-la por parecer bem mais difícil. As dificuldades das séries seguintes pareciam maiores, vistas de um ângulo de quem estava prestes a encará-los. Mas na verdade não o eram; continuava muita coisa do mesmo jeito.
E tal fato se repetia quando eu, ali do alto do meu 3° ano, avistava as universidades e seus alunos… Novamente o medo vinha; sempre é assim que acontece, a própria definição de medo comprova isso: “perturbação mental em relação ao que é desconhecido, devido a um mal ou risco real ou imaginário (aparente)”. Observemos as palavras desconhecido, imaginário, e aparente. Entendeu de onde vinha tal receio em relação aos desafios acadêmicos vindouros?
Mas, voltemo-nos para o foco deste texto, antes que me fujam as idéias e a luz se enfraqueça. Feita a inscrição para o vestibular, vida escolar findada, lá estava eu aguardando a chegada das provas tal qual um pai espera por seu(ua) filho(a) na sala de espera duma maternidade.
Assim, pouco tempo depois (um eufemismo às vezes é muito conveniente…), estou eu aqui na Universidade de Brasília. Ah…Universidade de Brasília ou simplesmente, UnB – como soa bem! Tudo tem sido maravilhoso! “Égua do lugar paidégua, mano!”, diria um fulano paraense, “só, véi!”, apoiaria um sicrano brasiliense.
Poxa! Aqui um dia é bem melhor que o outro. Matérias excelentes eu tenho tido, além de professores super-excelentes e aulas hiperexcelentes (para não dizer extraordinárias). Acordar e vir para a UnB é algo extremamente fantástico, uma alegria crescente, alimentada pelo meu esforço e aprendizado, move-se em mim de uma forma tremenda.
Não é privilégio de muitos poder estar aqui, fazendo o que gosta, crescendo e realizando-se. Só espero que aqueles que aqui estão tenham esse mesmo sentimento e procurem gradativa e incessantemente, fazer uma “Universidade de Brasília” melhor. É somente querer e agir.
O dia-a-dia
Na UnB tudo é muito diferente do que você já possa ter imaginado. Estou falando realmente sério; mas isso é algo bom, o que faz esta universidade ímpar, singular, única.
Como cada curso tem seus horários de aula e cada aluno(a) tem sua grade horária, é possível estar estudando, adquirindo conhecimento enquanto outros passeiam, dormem, jogam truco, bilhar, xadrez, navegam na Internet, namoram ou ficam à toa (“morgando”, como falam por aqui).
Realmente há diversas opções aqui, há muito para se fazer. Há uma ótima sala de leitura para os estudantes de Letras – local ideal para se resolver tarefas, ler, resolver uma revista de palavras-cruzadas ou para simplesmente repousar a cabeça sobre a mesa e dormir (quão gelada é essa sala! outro dia fui obrigado a sair por causa do insuportável frio).
Há também um laboratório de informática onde Letras tem prioridade. Lá, pode-se digitar trabalhos, “revirar” o Windows, acessar a Internet (para dar uma olhada na caixa de e-mails e para outras coisa mais. Legal, não é? Todos os dias ocorre exibição dos mais diversos filmes no anfiteatro 15 (a partir das 12 horas e das 18 horas).
Aqui, pode-se deitar nos bancos, dar uma bela relaxada no gramado (apesar dos insetinhos e da coceira depois), ir para a biblioteca e ler boas obras, visitar o museu de geociências, o de anatomia (preferencialmente após o almoço) e muito mais.
Os CA’s são a parte, diga-se de passagem, mais excêntrica de todo esse conjunto. Cada curso tem o seu; são personalizados. Há alguns que parecem um provador de roupas (o Calet); outros, um fliperama (o Cacomp), um quarto (o Cafis) ou um apartamento (o Caeco) e por aí em diante.
Há tanta distração aqui (atração e extensão também) que é possível ver escrito a frase em letras cheias maiúsculas com um forte vermelho sangue: NÃO DEIXE A UNIVERSIDADE ATRAPALHAR SEUS ESTUDOS. Bom, na primeira vez em que vi isso, não entendi muito bem; mas com o passar de algumas semanas, ao avistar novamente o aviso acima, captei a mensagem nas entrelinhas, por causa do pressuposto que eu já havia adquirido.
Por tudo isso, gosto muito daqui – mais ainda porque tenho excelentes professores(as), matérias e aulas. É MUITO BOM ESTUDAR AQUI!!! E estar escrevendo este texto, idem. Sei que tenho muito a aprender na UnB, com prazer e alegria. Ich studiere gern! I like to study!
Marlon muebeitoa yu ajue beisie.
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