Pare um momento e apenas imagine quantas pessoas até este momento estão se sentido menosprezadas, pressionadas, acoadas, preteridas, desonradas. E quantos de nós podem erguer a mão e declarar que jamais se sentiu assim em determinada situação na vida? Passamos por tantos lugares e nos deparamos com os mais diversos tipos de pessoas, que estabelcem os mais variados relacionamentos conosco e produzem os mais diferentes resultados!
Há crimes que fogem à nossa atenção e causam seus males sem nem mesmo percebermos. E convivemos com isso, suportamos e sobrevivemos a tais ofensas. Entretanto, não saímos ilesos, pois feridas que nem sequer cicatrizam ficam impressas em nossa alma, prejudicando nossas atitudes com outras pessoas, por vezes inocentes mas ao mesmo tempo meros alvos dos terríveis efeitos colaterais destas mazelas.
Assédio moral são atitudes, palavras, gestos, realizados de maneira frequente durante um período de tempo, a fim de desqualificar, humilhar e desvalorizar a vítima (o assediado). Ocorre em todo ambiente onde há mais de uma pessoa - sem necessariamente existir uma hierarquia na convivência, podendo acontecer na família, em empresas, escolas, clubes, etc.
Embora seja mais comum ouvir dizer que um gerente assediou um subordinado, pois ele se utiliza das vantagens do cargo para exercer o poder de coerção, o assédio moral pode ser identificado entre irmãos, primos, pais e filhos, casais, colegas de trabalho no mesmo nível de carreira, alunos e professores, entre outras situações. Enfim, esse tipo de comportamento não requer uma posição de destaque em relação ao assediado para a prática da ação.
O assediador pode começar de forma discreta, dissimulada, ou cruel. Discreta, por exemplo, quando um simples apelido vai tomando corpo dentro da organização. A cruel, por sua vez, vai desde a utilização de tom de voz, gesto ou olhar que demonstra ao assediado o quanto ele não tem valor, até a sua humilhação em público. A forma dissimulada se dá quando brincadeiras ou comentários indiretos são expressos contra
a pessoa assediada, ou por meio de falsos elogios e gratificações.
O profissional assediado moralmente tende a perder a qualidade nos serviços, fica desmotivado, podendo adoecer, além de ficar desatento, ineficaz e sensível às críticas. A intenção do algoz é fragilizar a vítima.
Nem todo assediador atua conscientemente, mas, em boa parte de sua história profissional ou familiar, acredita agir da forma correta, pois pensa erronemanete que se se não for duro o outro nunca vai melhorar.
Existem diversas formas de coibir um assediador, e não cabe apenas ao departamento de recursos humanos ser o único responsável pela resolução do problema. O ideal é criar situações coletivas, envolvendo diversos setores, formando um "comitê multidisciplinar".
Esse grupo deve integrar pessoas de confiança dos profissionais da empresa, (médicos, assistente social, psicólogo, representantes, entre outros) com a responsabilidade de estabelecer ações para a empresa, tais como:
- workshops para conscientização sobre o que é o assédio;
- palestras sobre as consequências desta prática criminosa;
- criação de um canal aberto;
- jornal de circulação interna;
- o mais eficaz uso da intranet;
- elaboração de um programa de sugestões;
- postura da direção da empresa com informativos da disconcordância e repúdio por esse tipo de comportamento.
Além disso, é claro que sempre serão necessárias outras formas de se esclarecer o quanto esse comportamento é danoso à saúde dos profissionais, à integridade da empresa e ao bem-estar da sociedade.
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