Marlon muebeitoa yu ajue beisie.

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Let's learn a foreign language!

quarta-feira, 4 de março de 2009

Fruto da mente humana

Quando se pergunta onde se fala japonês, muitos responderão, “no Japão”; ao questionarmos em que local se usa o italiano, tantos outros dirão, “na Itália”. Mas é interessante notarmos um fato bem curioso: idiomas não possuem um território próprio. Como assim?

As línguas existem dentro da cabeça de cada um de seus falantes. Assim, ao se localizar um idioma de algum país em um mapa-múndi, por exemplo, estamos apenas apontando para áreas onde é mais provável se encontrar falantes daquele determinado código linguístico. Por isso mesmo quando não é mais usada apenas em sua comunidade de origem, uma língua continua carregando o nome da civilização que primeiro a utilizou. É o caso do termo “português”, cunhado a partir do topônimo “Portugal”, mas hoje em dia falado também em Açores, na Angola, no Brasil, em Cabo Verde, Guiné Bissau, Macau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.

Portanto, em termos de localização geográfica, é extremamente significativo que os usuários de determinado idioma estejam agrupados em uma localidade específica para garantir a sobrevivência e a expansão da língua as novas gerações. A prova maior de que o idioma existe primeiramente dentro da cabeça de cada falante, é a modesta mas relevante quantidade de línguas ágrafas presentes no mundo em pleno século XXI. Estes são idiomas que simplesmente não possuem escrita; ninguém escreve nada nestas línguas e mesmo assim perduram anos e anos, valendo-se apenas da tradição oral.

Assim, há dois fatores que geram a decadência de um idioma: 1) a morte de todos os seus falantes, ou 2) a dominação de outra língua. A primeira situação foi o que ocorreu com a maior parte das línguas indígenas e aborígenes por todo o globo terrestre: povos e tribos foram exterminados juntamente com sua cultura por colonizadores, desbravadores e correlatos. O segundo caso se deu com a dispersão de um grupo linguístico devido ao desaparecimento de seu território (como aconteceu com o hebraico, por exemplo, que passou por um processo de reconstrução e revitalização após a formação do novo estado de Israel), ou ao predominante uso de um idioma estrangeiro de maior prestígio nas relações interpessoais (é a situação do gaélico no Reino Unido, do basco na Espanha e do havaiano nos Estados Unidos).

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