Há seres que por muitas vezes nos incomodam e que nos contentaríamos se não existissem. Acha-se que são inúteis, que só atrapalham e não fariam falta alguma.
Ah, mas esse é um excelente equívoco. Praticamente nada do que existe na natureza e refutável (bem, até mesmo o apêndice – um das extremidades do intestino grosso para a qual os cientista ainda não encontraram uma função no corpo humano, portanto dispensável; mas há uma notória utilidade para tal: render bom lucro para um médico e muito incômodo para um pobre infeliz quando este inflama devido alguma forte pancada externa – “apendicite”).
Tomemos como exemplo disso a barata: ser repugnante, nojento e provavelmente mutante, temido por mulheres de diversas idades, resistente à radioatividade, recoberto por uma dura e resistente carapaça, tornando-o praticamente um veloz “tanque de guerra blindado” entre os insetos ou um poderoso “avião de caça blindado” quando possui extraordinárias asas, capaz até mesmo de regeneração após uma bela chinelada. Aparentemente esse inseto não possui outra função além de assustar mulheres indefesas (e medrosas…), mas se não fosse a barata, nossas casas seriam bem mais sujas (há casos em que nem a ajuda “baratínea” resolve), pois ela consome sujeira, insetos, partículas quase microscópicas que jazem pelo chão da sala, da cozinha, etc.
Outro candidato à inutilidade, a lagartixa (tão temida pelo mulheril quanto a vilã acima), nos é de grande ajuda: consome pequenos insetos como moscas e moriçocas – estes verdadeiros “psicopatas hematófagos” que nos sugam o sangue e quase nos levam à loucura com seu melódico zunido, realçado em noites quentes de verão equatorial, de preferência quando há falta de energia; aqueles, “carniceiros aéreos” que nos contaminam os alimentos e disputam um lugar à mesa na hora da refeição.
Apesar de ainda existirem outros animais teoricamente dispensáveis ao curso da vida sobre os quais se pode discorrer, detenhamo-nos por aqui. Agradeçamos a estes discriminados – excluídos e preteridos – animaizinhos que tanto nos ajudam, mesmo que de maneira despercebida por nós. Ponderemos da próxima vez em que levantarmos o chinelo para liquidarmos aquela baratinha rondando pelo tapete do quarto.
Marlon muebeitoa yu ajue beisie.
terça-feira, 24 de março de 2009
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